terça-feira, 19 de junho de 2012

2° Edição

"Só podíamos compreender uma educação que fizesse do homem um ser cada vez mais consciente de sua transitividade." - Paulo Freire
Por qual razão existe o médico? Ora, que pergunta! Para cuidar das pessoas quando doentes. Sim, exatamente. Mas imagine se eles não existissem e nós, simplesmente, nos conformássemos com o nosso mal estar, doença ou dor?
Iríamos morrer. Pois bem, e quem é o médico do mundo? Porque ele não está morto, certo? Sim, ele está vivo. Os médicos do mundo são... Todos os que lutam para melhorar, transformar e vão contra a dor, o problema, a ferida do mundo?
E você é médico ou conformado?
Precisamos ser médicos. Pessoas que não são médicos do mundo são como flores sem cor.
E este exercício de cidadania deve começar com o mais próximo de nós.
Por exemplo: um dia, um senhor quis construir uma escola, ótimo feito. O mundo seria bem melhor se mais pessoas construíssem mais escolas. Porém, não basta construir, tem de saber o que está sendo feito. Pois educação serve para libertar ou manipular.
Visando uma escola cada vez mais humana que deve libertar as pessoas; apontaria alguns problemas que, como estudante, consigo ver e que gostaria de mudar.
Uma sugestão de pauta é o período integral obrigatório por dois dias da semana. É compreensível que precisamos dessas horas para conseguirmos ter aulas de todas as matérias (mesmo que as matérias não sejam proporcionais em nossa grade). Porém esses dias acabam fazendo com que nós não consigamos fazer mais de um curso extracurricular por semana, pois terça e quinta temos disponibilidade para fazer um, mas de resto, nada a mais. Atividades, estas, que são do nosso interesse e que por isso são tão importantes no desenvolvimento, quanto a própria escola. Afinal, "A escola humana ajuda a valorizar talentos, a aperfeiçoar dons, a descobrir competências, a formar hábitos e atitudes que identifiquem o homem em harmonia com os outros e com o mundo.". Isso também vem com a disponibilidade do tempo. Além disso, as aulas de tarde são extremamente cansativas para alunos e professores; rendemos pouco.
Uma alternativa seria manter no máximo um dia obrigatório do P.I. e distribuir as 4h40min do outro dia em toda a semana, assim, o horário de saída seria as 13:15.
Claro, essa sugestão não deve ser vista como única alternativa, mas para servir como debate, pois a escola tem que exigir dos seus alunos algo muito importante, a crítica, o debate e o pensamento coletivo. Se não tivermos isso aqui dentro, como vamos querer uma sociedade mais consciente?
Paulo Freire já dizia "À nossa cultura fixada na palavra corresponde a nossa inexperiência do diálogo, da investigação, da pesquisa, que, por sua vez, está intimamente ligada à criticidade, nota fundamental da mentalidade democrática. (...) De uma postura que levasse o homem a uma nova postura diante dos problemas de seu tempo e de seu espaço. A intimidade com eles. A da pesquisa em vez da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de afirmações desconectadas das suas condições mesmas de vida. A educação do 'eu me maravilho' e não apenas do 'eu fabrico'. Entre nós, a educação teria de ser, acima de tudo, uma tentativa constante de mudança de atitude".


Panfleto - 2° Edição

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