sexta-feira, 21 de outubro de 2011

1° edição

Algumas ideias brotam de nós e transformam-se, surpreendem-nos, encantam-nos. Alguns seres humanos batalham, as colocam em
prática e fazem, assim, um pedacinho do mundo melhor. Já outros deixam elas existirem apenas dentro de si e, com o tempo, elas morrem sem jamais terem visto a terra fértil do mundo onde
poderiam ser plantadas.
Foi por uma dessas ideias ou flores que nasceram aqui dentro, que este papel está hoje em suas mãos. É por acreditar que todos, ainda pequeninos seres, temos uma Chama interior, um brilho de poder criativo, de poder transformador e, às vezes, elas se
perdem dentro de nosso mundo; e é nessa hora que cabe a nós
Chamarmos lá de dentro para iluminarmos o pedacinho de terra que pisamos.
Sempre que este papel quiser ser tocado por suas mãos, ele vai querer que discutamos o que nos cerca, nossas opiniões, nosso cotidiano. E é certo lembrar que isto não é um informe, uma aula burocrática, um sistema, uma sedução. Isto é um movimento – pela própria palavra –, que leva e traz o diálogo, as críticas boas e ruins, as opiniões, as discussões. Afinal, quem somos nós para colocarmos um ponto final e dizer o que é certo ou errado,
verdadeiro ou falso?
Em cada ser humano há um mundo interior muito profundo: são milhares de sentimentos, milhares de pensamentos e muitas ideias. Por isso, contamos com a sua voz. Mandem sugestões no nosso
e-mail e acessem o blog (ver abaixo). Digam o que pensaram, o que sentiram e enviem qualquer tipo de arte produzida por vocês; elas serão conferidas para modificarmos o Chama ou mesmo publicadas nas próximas edições impressas ou virtual lá no blog.
Lembre-se! Nossa Chama pode fazer o nosso pedaço de mundo
melhor.
Este papel agradece pela atenção!
Blog: chama-ideias.blogspot.com

*O que o próximo ano vai trazer?                                        *366... Em anos bissextos.

1° edição

''A maior riqueza do homem é a sua incompletude. ''
- Manoel de Barros

Nunca conheci quem não tivesse brincado de Lego.
Montar, desmontar e remontar: o que você escolher, como quiser. Qualquer coisa. É simples, e é infinito.
Bem, ao menos que você, por algum motivo, pare de brincar. Talvez por apego, por criar algo tão superior às suas expectativas que ache impossível criar algo melhor. Talvez frustrado, por não conseguir dar forma ao que tanto deseja. Talvez resignado; talvez acomodado. Talvez por falta de inspiração.
Mas uma ideia, um paradigma ou um Lego inutilizado, jogado em um canto qualquer ou exposto na melhor estante da casa - não neguemos - pouco a pouco, transforma-se em obsoleto. Um brinquedo de genialidade tamanha torna-se inútil, e é esquecido.
Por que insistimos em permanecer os mesmos, então, e recusar mudanças? Por que negamos o novo?
Ninguém é completo: é por isso que precisamos de trocas e é por isso que precisamos criar, para nos preencher.
Ninguém está pronto (e, espero, nunca estará): esse é o motivo de ser tão necessária a transformação. A partir do momento que
você a nega, deixa de ter o poder sobre você mesmo. Precisamos deixar o medo, este sim de lado, e mudar.
Se falhar, mudamos de novo. Se for bom, acrescentamos a outras mudanças, e outras, e descartamos as que não mais nos servem, e guardamos as que sempre servirão. E assim nos inventamos,
surpreendemos, movimentamos.
E assim somos e, com pedaços de nós, 'montamos seres atônitos' e mutáveis. É simples. E é infinito.


Panfleto


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sugestão!

Sangue Latino - Entrevista com Eduardo Galeano

"Um homem do povoado de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir no alto do céu e na volta contou: disse que tinha contemplado, lá de cima, a vida humana e disse que somos um mar de foguinhos.
O mundo é isso, revelou: um monte de gente, um mar de foguinhos. Não exitem dois fogos iguais. Cada pessoa brilha com luz própria, entre todas as outras. Existem fogos grandes e fogos pequenos e fogos de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem fica sabendo do vento, e existe gente de fogo louco, que enche o ar de faíscas. Alguns fogos, fogos bobos, não iluminam nem queimam. Mas outros... Outros ardem a vida com tanta vontade que não se pode olhá-los sem pestanejar, e quem se aproxima se incendeia."