sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

a ARTE muda!

Paulinho Moska:
"   eu não sou o cantor, eu não sou violonista, eu não sou músico, eu não sou poeta, eu não sou fotógrafo, não sou um apresentador de televisão, eu não sou um radialista; eu sou um compositor. Na medida em que compor é juntar coisas. A ideia Punk do movimento Punk era: não sei fazer, mas faço. (...)
   É uma revolução no sentido de que todos nós estamos nos tornando um pouco mais artistas (...) Eu sou um homem que olha, para tudo e para todos e tento juntar, tudo e todos, numa coisa, por acaso, dessa vez aqui é um disco duplo em que um chama Muito e o outro chama Pouco.
   Enfim, é isso que eu quero conquistar, o direito de fazer o que quiser. Metido a besta profissional. Que é exatamente o título de tudo isso que eu to te falando, é você se considerar, profissionalmente, um metido a besta. Ou seja, vou me meter a fazer o que for, o que aparecer pela frente. Ou seja, o que me encanta tem o meu canto."

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Poesia ao olhar de todos!

                 Para que servem os olhos? 
    Por vezes, para enchergarmos o que não é escancarado nos nossos rostos? Na minha opinião, eles servem para mostrar a realidade, seja esta podre e ruim, para que assim, possamos corrigir ou seja esta, encantadora e poética. No segundo caso, quando indentificamos uma poesia, quase sempre singela, elas podem ter sido produzidas por atos espontâneos ou pensados. Os pensados podem ter sido executados de diversas maneiras, por qualquer coisa e pessoa, em uma "pichação", uma árvore plantada, o gesto de olhar para uma folha caída no chão, um papel empoeirado jogado na rua, a gota de água caindo do telhado e batendo drásticamente no cimento, um olhar brilhando, um sorriso dado à um desconhecido, um prédio construído que muda a ordem da cidade, uma estátua no meio da praça, o farol abrindo e as diversas Cores de pessoas atravessando, a mistura dos rostos nas ruas do centro, a música de um lugar singelo, um beijo apaixonado, um abraço acolhedor, um grito de desespero, um suspiro de raiva, o silêncio e o barulho do trânsito e por ai vai... Seria impossível falar de todas as poesias do mundo, porque no fundo, ela não existe em si mesmas, em um conceito próprio. Ela é viva. E quem dá vida à ela somos nós, está nos olhos de cada um e eu aposto que se paramos para olhar detalhadamente ao nosso redor e à nós mesmos, vendo o que há abaixo da simples superfície de qualquer coisa, podemos ver um mundo de coisas que nos encantam e nos fazem melhores, nos fazem mais humanos.
    Este é um exercício constante de estar sempre vendo poesia no mundo... É como tentar resgatar e conservar a criança que um dia fomos, aquela que era capaz de achar um rio num risco do chão e montanhas nas curvas do sofá e um outro país na varanda da casa, um campo de futebol com um torcida gigantesta de baixo do chuveiro, um futuro de gênio nas pequenas ações atingidas e são tantas outras que me esforço para lembrar... Mas agora diga-me onde está a poesia dos seus olhos?
    E o que você espera ver de poético no mundo? Mas será que o que espera, já existe? 
        
                  Ou será que é missão sua
          criar
                                               e fazer
                           e agir
                                         o que imagina
     para que com isso,
                                             torne
                                      o
                                                mundo
             ou o pequeno espaço
                                                 ao seu redor
                  um lugar
                                                      
                                   melhor
                                      ?
    O vídeo que coloco aqui é justamente sobre um grafiteiro que queria, com a sua arte, fazer uma transformação: conseguir com que a cidade de São Paulo tivesse por entre o trânsito, por entre os carroceiros, por entre o lixo, por entre as pessoas apressadas um toque de poesia, dando um encanto diferente, um olhar de admiração para o que normalmente não era olhado.
"Ele começou a ser reparado. As pessoas ao invés de buzinar para ele dizendo que ele atrapalhava o trânsito; buzina e fala: poh! Que da hora a sua carroça!'".

    Isso mostra que se imaginamos um mundo melhor, basta tentarmos por nós mesmos construir este para que de pouco em pouco, de um em um, comecemos a plantar pequenas sementes até gerar vastos jardins que tornem o mundo mais belo e com razão de existir. Pequenas pitadas de mudança com o amor, poesia e humanidade.

    Por favor, se você que leu esse post tem algum relato de algo poético que viu no seu cotidiano que te encantou, escreva para o blog. E também se além disso você tem uma ideia para mudar algo ao seu redor nos conte! Afinal, para que servem os olhos?

Obrigada!
Júlia Audujas Pereira

Poder Humano

Marginal Tiête... As vezes o mundo parece feio, triste, destruido por nós mesmos, tal como quando vemos um rio poluido. Mas as vezes o mundo transforma-se em vida e poesia, feito por pequenas ações que colocamos em prática, essas, são nada mais, nada menos que Humanas. É o nosso poder de destruir e construir, acabar e encantar, odiar e amar, encher os olhos de tristeza e de alegria, algo que vem de um grito interior bem lá de dentro, lá dos Seres Humanos...